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Mente...Corpo...Espírito

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sábado, 2 de agosto de 2008

A Marcha dos Pinguins

A milhões de anos os pingüins-imperadores são capazes de sobreviver no deserto gelado e insuportável do continente Antártico. Os pingüins são verdadeiros dançarinos de uma melodia tocada à milênios pela mãe natureza. A cada temporada de verão, a comunidade dos pingüins do Antártico, se desloca para uma região especifica, onde se protegem e se acasalam, perpetuando a espécie. São nove meses de uma profunda aventura em defesa da vida e do amor, e três meses de e delícias no oceano.
Os vários pingüins existentes na região Antártica, se deslocam e se agrupam formando uma só unidade, na qual resistem e sobrevivem de corpo e alma. A luta pela sobrevivência só é possível por causa do senso de unidade à que todos se condicionam. Quando a ventania gélida avança, comprometendo a própria vida, eles se aglomeram uns aos outros, formando um extenso conjunto de corais comparados a um casco de tartaruga, tal a solidez de suas roupas especiais. Não obstante a tudo isso, eles ainda giram entre si, numa espécie de redemoinho, para gerar mais energia aos que estão no centro do grande circulo.
Estes elegantes pingüins são comparados a graciosos dançarinos da natureza, por causa de seus rituais de amor e poesia para o tão esperado ato de acasalamento. Quando as fêmeas procuram e acham seus parceiros ideais, tanto o macho como a fêmea, mantêm-se fieis um ao outro, pelo período mínimo de um ano, que é quando completa o ciclo das mudanças de seus hábitos e costumes. É possível que estes parceiros sobrevivam e continuem a sua longa jornada, mantendo-se, unidos pelos laços do amor. Antes que o acasalamento aconteça, eles se namoram e dançam, em busca de uma harmonia perfeita para o tão maravilhoso momento de suas vidas: amar e preserva a espécie.
Após o acasalamento é esperado que no ventre das fêmeas esteja em desenvolvimento um belo e corajoso filhote de pinguin. Quando a mãe-pinguin coloca o ovo, cabe ao pai ensaiar e cuidar da tenra vida que acaba de surgir, onde sob sua responsabilidade, deverá manter aquecido e protegido seu filhote, enquanto a mãe vai em busca de comida para si e para o pequenino rebento. Esta marcha em busca de alimento leva, aproximadamente, a mesma quantidade de tempo que levaram para chegar onde estão, em torno de 20 á 30 dias de longa caminhada. Passam-se aproximadamente 4 meses, quando as mães-pinguins retornam para alimentar os seus filhotes, que já nasceram, mas não comeram, e os pais devolvem os filhotes as suas mães, que como no ritmo harmonioso de uma dança, é a sua vez de procurar alimento para se manter vivo.
Após esse longo ciclo de idas e vindas, superando desafios existenciais profundos, a família de pingüins se reencontra e, finalmente, podem curtir alguns momentos juntos antes de se separarem para refazerem sua caminhada, demonstrando que cada um dos parceiros-dançarinos sabe exatamente até onde podem ir com relação aos cuidados dos filhotes, uma vês que eles também precisam crescer, se desenvolver e continuar a marcha dos pingüins.
Que história! Quanta coisa podemos aprender com a natureza! Ela realmente não dá saltos. Se nós estivermos bem atentos a tudo o que acontece perto de nós, paralelo à vida humana, e pudermos apreender os ensinamentos milenares formados pelos nossos antecessores, estaremos bem mais felizes e cumpridores das nossas missões, realizando nossos desejos, sublimes desejos, e preservando a cultura do trabalho, da solidariedade, do amor, da esperança, da plenitude e da continuidade da vida humana.
Geylson Kaio
Psicólogo/Psicoterapeuta e Consultor

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